É de um silêncio espectral
e, ainda sim, eu escuto o barulho de um relógio.
Como se neste instante em que as pessoas se calaram e as portas se fecharam, eu escutasse, ao longe, a marcha dos russos que ainda não haviam chegado, o som dos tanques que ainda ocupariam a praça central.
Neste instante, pequena parada no oceano do tempo, o futuro se aninha no passado e a foto me anuncia uma morte futura.
* foto: joseph koudelka
2 Comments:
e, ainda assim, eu escuto a voz. De longe, como de longe se anunciavam os tanques russos. E, ainda assim, há algo nesta distância - o corpo em letra presente, e que belo presente. Bom ler você, linda. Um beijo.
o silêncio é verde
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